• contato@bioplaq.com.br
  • 11 9.9594-2630

Fibrina Rica em Plaquetas (PRF): Um Concentrado de Plaquetas de Segunda Geração – Parte III:

Ativação de Leucócitos e os Novos Recursos para Concentrados Plaquetários

Fibrina Rica em Plaquetas (PRF): Um Concentrado de Plaquetas de Segunda Geração – Parte III: Ativação de Leucócitos e os Novos Recursos para Concentrados Plaquetários

A fibrina rica em plaquetas (PRF) representa uma nova geração de concentrados de plaquetas, que se destaca por seu processamento simplificado e pela ausência de tratamentos bioquímicos do sangue. Com o avanço das pesquisas, o PRF vem ganhando cada vez mais destaque na medicina regenerativa e na odontologia, sendo aplicado em procedimentos cirúrgicos para melhorar a cicatrização e a regeneração tecidual.

Neste terceiro artigo, exploramos as características imunológicas deste biomaterial inovador. Um dos principais pontos a serem discutidos é a ativação de leucócitos durante o processamento do PRF. Esses leucócitos são capazes de secretar citocinas em resposta aos fenômenos hemostáticos e inflamatórios que ocorrem dentro do tubo centrifugado. Essas citocinas desempenham um papel crucial no controle da inflamação e na resposta imunológica.

Nosso estudo teve como objetivo quantificar cinco mediadores celulares significativos no supernatante de plasma pobre em plaquetas e no soro de exsudato de coágulo PRF. As citocinas analisadas incluem:

  • 3 citocinas pró-inflamatórias: IL-1beta, IL-6 e TNF-alfa;
  • 1 citocina anti-inflamatória: IL-4;
  • 1 promotor-chave da angiogênese: VEGF.

Esses mediadores foram comparados com os dados obtidos no plasma (sangue não ativado) e nos soros (sangue ativado), proporcionando uma visão mais detalhada sobre o comportamento do PRF em relação ao controle imunológico.

As análises iniciais indicam que o PRF pode atuar como um nó de regulação imunológica, desempenhando um papel importante no retrocontrole da inflamação. Esse efeito pode ser um dos motivos pelos quais o uso do PRF em procedimentos cirúrgicos está associado a uma redução significativa nas infecções pós-operatórias.

A capacidade do PRF de modular a resposta inflamatória e promover a angiogênese faz dele um recurso valioso na regeneração tecidual, com aplicações promissoras tanto na medicina quanto na odontologia. A ativação de leucócitos e a secreção de citocinas abrem novos caminhos para o uso do PRF como um aditivo cirúrgico inovador, destacando suas vantagens na promoção da cura e na redução de complicações pós-cirúrgicas.

Conclusão: Este estudo reforça o papel do PRF como um concentrado de plaquetas de segunda geração, com potencial imunomodulador e anti-inflamatório significativo. A ativação de leucócitos e a secreção de mediadores celulares durante o processamento do PRF abrem novas possibilidades para sua aplicação na medicina regenerativa, ajudando a explicar os benefícios observados no uso clínico deste biomaterial.